14 de julho de 2016

Os dois mundos de Astrid Jones de A. S. King

'O movimento é impossível.' É o que Astrid Jones, 17 anos, aprendeu na sua aula de filosofia. E, vivendo na pequena cidade em que mora, ela começa a acreditar que isso é mesmo verdade. São sempre as mesmas pessoas, as mesmas fofocas, a mesma visão de mundo limitada, como se estivessem todos presos em uma caverna, nunca enxergando nada além.
Nesse ambiente, ela não tem com quem desabafar suas angústias, e por isso deita-se em seu jardim, olha os aviões no céu, e expõe suas dúvidas mais secretas aos passageiros, já que eles nunca irão julgá-la. Em seu conflito solitário, ela se vê dividida entre dois mundos: um em que é livre para ser quem é de verdade e dar vazão ao que vai em seu íntimo, e outro em que precisa se enquadrar desconfortavelmente em convenções sociais.
Em um retrato original de uma garota que luta para se libertar de definições ultrapassadas, este livro leva os leitores a questionarem tudo e oferece esperança para aqueles que nunca deixarão de buscar o significado do amor verdadeiro.

Primeiramente quero falar que esse livro me fez gostar muito mais de filosofia do que antes, além de me ajudar muito na escola por tratar de filósofos e seus conceitos nos quais eu estava estudando, haha, valeu Astrid! 

Astrid é uma adolescente no qual frequenta a escola, principalmente nas aulas de filosofia, as quais fica completamente louca, mas não literalmente, e trabalha em um estabelecimento com a jogadora de hockey mais bonita de sua irmã, e também única gay assumida.

Ela não tem um bom relacionamento com sua mãe, que trabalha em casa e finge que sua filha não existe em maior parte do tempo, porém um pouco melhor com seu pai, apesar de maior parte do tempo ele estar sobre efeitos de drogas. Astrid e sua irmã já foram mais próximas um dia. Além de filosofia, ela frequentava as aulas de trigonometria, como sua mãe a obrigava, mas que não durou muito tempo, as aulas de filosofia eram muito mais interessantes para ela.

Para fugir dos problemas, desabafar e sem ser julgada, Astrid todos os dias vai até seu quintal e deita-se na mesa de piquenique que lá está e olha para o céu, em busca de aviões que passem para mandar seu amor aos passageiros, depois de uma confissão. O interessante desse livro é que os capítulos se intercalam em Astrid e as confissões que relacionam super bem os problemas com os passageiros, e isso é muito legal, porém no começo ficou difícil distinguir isso.

Astrid tem poucos amigos, nos quais guarda também seus segredos. Sua melhor amiga é lésbica, e ela não está longe disso também, pois o livro inteiro trata sobre sua aceitação, sair da caverna, assim como ela relaciona com a Alegoria da Caverna de Platão. Sua mãe não aprova isso e está sempre empurrando algum garoto para a filha, e ela a odeia por isso.

Ao longo do livro conta o romance escondido de Astrid e a jogadora do time de hockey no qual sua irmã mais nova joga. Ninguém sabe, até as duas e seus amigos serem pegos em uma boate, e é aí que a cidade inteira fica sabendo por meio de fofocas, outro assunto que a autora trás e foca bastante nisso.

Já havia lido outros livros de romance gay, mas esse me surpreendeu muito mais que os outros. Como a autora traz um conteúdo de uma forma descontraída, divertida. É um livro que te faz vontade de ler mais e mais para saber em que parte ela vai ter orgulho de si mesma e aceitar-se da maneira que escolheu ser, e da aceitação de seus pais diante do assunto.

Com certeza é uma ótima aposta de leitura, super leve e gostosa. E se você gosta de filosofia, melhor ainda :)



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